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"É claro que é rock. Mas não apenas uma brincadeira de amigos que têm baixo, guitarras, baterias e algumas letras escritas num guardanapo usado.
É rock bem feito, levado por garotos que gostam e respeitam o passado seminal do estilo, mas não soam ultrapassados.
É o rock revigorado da era da troca de arquivos e experiências, que se permitiu misturar com outros sons e soube assimilar a necessidade de urgência e a energia digital da música eletrônica, e se deixou contaminar pela sagacidade e perspicácia urbana do hip hop, e sabe se colocar no presente e mirar o futuro enquanto se nutre do passado.
É o rock do tempo do Cartolas, dançantes, feliz globalizado plugado novo sem soar modernoso, reverencial sem aparecer rançoso.
Vencedor do festival de bandas nacionais Claro que é Rock, de 2005, que lhe rendeu, entre outros prêmios, um disco produzido no estúdio Toca do Bandido por Carlos Eduardo Miranda, o maior ídolo da cena idie nacional, com auxílio luxuoso de Thomaz Batista, o quinteto está pronto para experimentar novos desafios. E embora tenha na formação três garotos de Canoas, cidade-dormitório da Capital de Porto Alegre, onde moram os demais, o Cartolas mora mesmo e no Planeta Rock.
Há dois anos o Cartolas faz um rock alegre e vigoroso e tem a capacidade de mixar Interpol com Kinks com Strokes com Who com Supergrass com Franz Ferdinand numa mesma faixa – e pode acrescentar a influencia de Chico Buarque nas letras, é claro que pode.
O Cartolas se leva a sério, mas tem a auto-ironia necessária do rock:
“Não vai quebrar o meu vinil / que 20 e tantos contos eu paguei / só pra te impressionar”, diz a letra de “Acusações baratas”.
E pitadas de cinismo: “Me dá uma dosagem pra próxima viagem (...) só pra eu dançar mais uma vez”, está escrito em “Cara de vilão.
E de sinceridade: “É muita ligação pra tanta falta de assunto”, é um dos versos de “O Rabugento”.
E a dose certa de inadequação, como em “House do Melão”: “Ele foge sem pensar / não encontra o seu lugar”.
E o frescor indie, estampado na letra de “As mil Garupas”: “Já dei minha Caloi pra nunca mais lembrar / das mais de mil garupas que te dei”.
Para embalar letras preciosas que refletem o seu tempo, o Cartolas tem um grupo de músicos que honram a escola gaúcha que freqüentam (o baixista Otávio, os Guitarristas André e Christiano, e o baterista Pedro), e um vocalista de tamanha personalidade que beira a empáfia em alguns momentos. Luciano Flores de Lima tem a dose certa de pantomima que todo garoto que pega num microfone e sobe num palco deveria ter.
O cartolas faz rock, claro, mas tem o raro dom artístico de soar pop melódico e palatável para quem gosta, simplesmente de música. E ser universal é pertencer ao seu tempo na era pós-Napster.
Você acha que viu o nome do Cartolas muitas vezes nesse texto? Depois de ouvir o disco dos caras vai ter certeza de que vai ouvir muito mais. Cartolas. É claro que vai."